Remissão é cura? Qual a diferença entre remissão e cura no tratamento do câncer?
Remissão é cura? Qual a diferença entre remissão e cura no tratamento do câncer?

Na oncologia, existem termos bastante comuns que muitas vezes geram dúvidas nos pacientes e familiares. Dois deles são remissão e cura. Embora possam parecer semelhantes, esses conceitos têm diferenças importantes que ajudam a compreender o estágio da doença e o impacto do tratamento.
O que significa remissão?
Quando um médico fala em remissão, ele está dizendo que o tratamento está funcionando, que o tumor está reduzindo, que tem menos células cancerígenas circulando, ou mesmo que não haja evidências atuais da doença nos exames de sangue e de imagem. Ou seja, naquele momento, não conseguimos encontrar sinais concretos do câncer no organismo.
A remissão é um termo muito usado em doenças avançadas e metastáticas ou quando o paciente passa por quimioterapia, imunoterapia, terapias-alvo ou radioterapia e apresenta uma resposta excelente ao tratamento.
No entanto, o termo remissão, guarda um conceito simples na oncologia que é a incurabilidade de algumas doenças, em especial em estágios mais avançados. Quando ela some ou mesmo com uma resposta muito boa, existe a possibilidade dela voltar. É exatamente por isso que não usamos o termo “cura”.
Quais são os tipos de remissão?
- Remissão completa: quando não há mais nenhuma evidência detectável da doença nos exames.
- Remissão parcial: quando o tumor não desaparece totalmente, mas apresenta uma redução significativa, geralmente acima de 30%.
Naturalmente, a remissão completa é mais favorável e costuma ser mais duradoura, mas ambas representam uma resposta positiva ao tratamento.
Estar em remissão é o mesmo que estar curado?
- Na remissão, existe a possibilidade de o câncer voltar a crescer em algum momento.
- Na cura, considera-se que o câncer foi eliminado de forma definitiva, ainda que seja necessário acompanhamento.
Em resumo, usamos o termo remissão para falar de uma doença potencialmente incurável, mas que está apresentando bons resultados com o tratamento. E usamos o termo cura para doenças potencialmente curáveis, e se retornar podemos chamar de recorrência.
Quanto tempo é necessário para considerar a cura?
Quanto mais tempo passa sem sinais da doença, maior a chance de cura. Assim, 10 anos em remissão são mais seguros do que 5, e 15 anos ainda mais do que 10.
O acompanhamento após a remissão é necessário?
Pacientes em remissão devem manter acompanhamento médico regular, muitas vezes por tempo indeterminado. Isso porque já existem casos documentados de pacientes que ficaram muitos anos em remissão e tiveram retorno da doença.
Esse acompanhamento pode incluir consultas periódicas, exames de imagem e exames laboratoriais. Em alguns casos, pode ser feito pelo oncologista, em outros, por médicos de outras especialidades capacitados para seguir a evolução do paciente.
É possível ter outro câncer nesse período?
Um paciente que já teve câncer assim como uma pessoa nunca diagnosticada pode desenvolver um câncer, seja uma recorrência do tumor inicial ou até mesmo um novo câncer em outro órgão. Por isso, a vigilância contínua é sempre fundamental.
Tanto a remissão quanto a cura significam que, no momento, não há sinais de progressão de doença detectável nos exames. A diferença está na expectativa de retorno: a cura pressupõe que a doença não volte mais, enquanto a remissão guarda em si a possibilidade de recorrência.
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