Câncer de rim tem cura? Sintomas, diagnóstico e tratamento
Câncer de rim tem cura? Sintomas, diagnóstico e tratamento

O câncer de rim é silencioso e muitas vezes descoberto por acaso em exames de rotina.
O câncer de rim é um dos tumores urológicos mais comuns, ficando atrás apenas do câncer de próstata e de bexiga. Temos visto um avanço crescente no número de casos, especialmente na população jovem, e não temos uma boa explicação para isso além da mudança do estilo de vida da população, associada ao sedentarismo e obesidade. Mas a oncologia também não é a mesma de 10 anos atrás. No caso do câncer de rim, por exemplo, podemos dizer que o tratamento mudou totalmente pelo menos duas vezes nos últimos 20 anos. E os tratamentos que a gente faz hoje começaram a ser lançados a partir de 2015. Portanto, são bastante recentes.
Mesmo assim, ainda existem grandes desafios no tratamento do câncer renal, para o qual o diagnóstico precoce é feito por acaso, uma vez que não existe rastreamento.
O câncer de rim é menos incidente na população, com subtipos bem diferentes e alguns bem raros.
O que é o Câncer de Rim?
O câncer de rim é um tumor maligno que se desenvolve nas células renais, responsáveis por filtrar o sangue e produzir a urina. O tipo mais comum é o carcinoma renal de células claras, que representa cerca de 90% dos casos.
Esse câncer pode se desenvolver silenciosamente por muito tempo, sendo muitas vezes descoberto de forma incidental, em exames de imagem solicitados por outros motivos.
Quais são os sintomas do câncer de rim?
Nos estágios iniciais, o câncer de rim pode não apresentar sintomas. Quando surgem, os sinais mais comuns incluem:
- Hematúria (sangue na urina)
- Dor lombar ou abdominal persistente
- Massa (caroço) na lateral ou na parte inferior das costas.
- Perda de peso inexplicada
- Febre sem causa aparente
- Cansaço e fraqueza
Cerca de 30% dos pacientes podem ser diagnosticados com a doença em estágio avançado, quando sintomas como surgimento de massa na região, dor ou sangramento podem estar presentes. Por isso, é essencial ficar atento à saúde e procurar avaliação médica sempre que houver sinais suspeitos.
Quais são os fatores de risco?
Alguns fatores aumentam a chance de desenvolver câncer de rim, entre eles:
- Tabagismo
- Obesidade
- Hipertensão arterial
- Uso indiscriminado de analgésicos
- Cálculo renal
- Insuficiência renal
- Histórico familiar de câncer renal
- Doenças genéticas raras, como a síndrome de Von Hippel-Lindau
- Exposição a certas substâncias químicas
- Idade: a maioria dos casos acontece depois dos 50 anos.
Tratamento do Câncer de Rim
O tratamento do câncer de rim vai depender de vários fatores, como o estágio da doença, o tamanho do tumor, se há metástase e, claro, as condições gerais de saúde do paciente.
Quando o tumor está restrito ao rim, a cirurgia é a principal forma de tratamento. Ela pode ser parcial, quando apenas a área do rim com tumor é retirada, ou total, quando todo o órgão precisa ser removido. Normalmente, é possível viver bem com apenas um rim.
Quando o câncer já está mais avançado, a cirurgia pode até ser indicada, mas nem sempre é a prioridade. Nesses casos, o foco passa a ser o tratamento sistêmico, feito com medicamentos que circulam pelo corpo inteiro. É aqui que entram as terapias-alvo, que bloqueiam mecanismos de crescimento das células tumorais, e a imunoterapia, que estimula o próprio sistema imunológico a combater o câncer e mais recentemente os inibidores HIF-2 alpha, atualmente aprovados apenas para uma parcela pequena de pacientes.
Aliás, a quimioterapia não tem papel no câncer renal. Os tratamentos sistêmicos garantem em grande parte a qualidade de vida do paciente, além de, em alguns casos, permitirem uma resposta completa do tumor.
Imunoterapia no tratamento do Câncer de Rim
Nos últimos anos, a chegada da imunoterapia mudou completamente o cenário. Há cerca de dez anos, começamos a observar pacientes com tumores considerados incuráveis, alcançando respostas completas ao tratamento. Hoje sabemos que aproximadamente 1 em cada 3 pacientes com câncer renal pode se beneficiar da imunoterapia de uma maneira prolongada. E a cada ano, novos estudos combinando imunoterapia e terapias-alvo trazem resultados ainda mais promissores.
Essas combinações aumentam muito as chances de resposta, e também permitem que muitos pacientes mantenham uma boa qualidade de vida durante o tratamento.
O câncer de rim é um tumor raro e muitas vezes silencioso, mas que pode ser tratado com sucesso.
A medicina segue avançando, e cada vez mais pacientes conseguem não apenas mais tempo de vida, mas também qualidade nesse tempo.
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